15 de fevereiro de 2010

Mais sobre a nova classe média...

.
.
.
.
Mais informação e estatísticas da nova classe média, agora proporcionadas pela Globo News, em seu programa semanal, "Sem Fronteiras".
.
O destaque da reportagem é o paralelo entre o crescimento dessa "nova" classe consumidora na India & China.
.
.
Bom Vídeo!

10 de fevereiro de 2010

Impressionante ---

.
.
.
Fragmento de um livro:
.
"Eles se conheceram no bar, onde ele lhe ofereceu uma carona para leva-la pra casa.
Condiziu-a por ruas desconhecidas. Disse que era para cortar caminho. Dexou-a em casa tão depressa que ela pôde assistir o noticiário das 22 h"
.
Por que o final é tão surpreendente? Porque fizemos uma suposição baseada em nossos próprios medos.
É extremamente fácil incorrer no hábito de atribuir a pior das interpretações ao que o outro lado diz ou faz.
.
.
.
Pense nisso antes de observar a proposta do seu cliente/fornecedor, amigo, familiar, concorrente, etc. Não tire conclusões preciptadas.

8 de fevereiro de 2010

Alguns números da nova classe média

.
.
.
Conclusões do estudo coordenado pelos cientistas políticos Amaury de Souza e Bolívar Lamounier e patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com dados do IBGE e de uma pesquisa exclusiva do Ibope com 2 mil pessoas em 5 cidades:
.
Segundo o estudo, a nova classe média brasileira representa hoje entre 30% e 50% da população, com renda entre R$ 1.115 e R$ 4.807 mensais;
.
O processo de enriquecimento desse segmento não é exclusivo do Brasil, ocorre em muitos outros países emergentes, como México e China, por exemplo. A estimativa é que haja no mundo 400 milhões de pessoas na chamada "classe média global". Calcula-se que em 20 anos o número poderá saltar para 2 bilhões;
.
93% afirmaram que "ter um padrão de vida estável" era o que definia pertencer à classe média; a segunda condição era "ter casa própria". O porcentual de famílias que têm casa própria na classe C já é bem próximo ao das classes A/B. Enquanto na primeira é de 79%; entre os mais ricos é de 83%;
.
92% dos entrevistados de classe A/B tem carro, mas a proporção cai para 55% na classe C. Dos que não tem imóveis, mais da metade, 56%, tem a intenção de adquirir a casa própria nos próximos 12 meses. Também mais da metade pretende comprar eletrodomésticos (53%) e móveis (51%);
.
A pesquisa mostra claramente que, no caso de vários bens duráveis, a classe C já está colada na A/B. Na realidade, no caso dos televisores, a penetração é próxima de 100% em todas as classes. Já bens como geladeira, rádio, aparelho de DVD e lavadora estão presentes de forma semelhante nos dois estratos sociais;
.
34% dos entrevistados da nova classe média disseram que precisaram se endividar para cobrir gastos nos últimos 12 meses; entre a classe média baixa vai para 35%. Entre os de maior renda, o número cai para 21%. Tiveram dificuldade de pagar compras a crédito 46% do grupo pertencente à classe C. Na classe D, o valor foi de 50%; e na A/B, de 19%;
.
Amaury de Souza lembra que ainda falta bastante para que essa nova classe média se estabeleça de forma mais sólida. Isso porque, apesar do aumento da renda, a instabilidade ainda é muito grande; muitos empregos não são fixos, gerando oscilação nos ganhos;
.
"Estamos preocupados com a sustentabilidade desse processo. Queremos saber até onde essa classe média tem condições de garantir o consumo", afirma o diretor executivo da CNI, José Augusto Fernandes, que coordenou o projeto.
.
Atualmente, apenas 40% da classe C têm plano de saúde, 30% tem filhos em escola privada; 32% fazem poupança e 12% têm previdência privada. Eles preferem ter o próprio negócio do que um trabalho com registro, diferentemente do que ocorre nos grupos de maior renda;
.
Não obstante esse modelo empreendedor, são fortemente estatistas: 88% defendem que esteja na mão do governo a aposentadoria; também 88% acham que é tarefa do Estado cuidar da saúde; 87%, da educação fundamental; e 77%, do abastecimento de água.
----

7 de fevereiro de 2010

Moda e Classe C

.
.
.
Duas pesquisas, uma da CO.R Inovação, empresa de branding, e outra da agência Mc Cann Erickson, derrubam alguns estereótipos acerca da emergente classe C, como a ideia de que esses consumidores gostariam de fazer compras no comércio mais sofisticado ou de que seguem a moda à risca. Nem uma coisa nem outra
.
.

Segundo um estudo feito em março pela Mc Cann Erickson - mil questionários com casais entre 20 e 65 anos, de Recife, São Paulo, Rio, Porto Alegre e Goiânia -, 68% dos entrevistados sentem-se desprezados pelos ricos e 55% declaram ser avessos a produtos comercializados em lugares considerados chiques. "É curioso perceber que a classe C deseja consumir mais, porém não demonstra a preocupação em mudar de classe", afirma Aloísio Pinto, vice-presidente de planejamento da agência.

Na hora de ir às compras, as amigas são as grandes conselheiras (28,2%), seguidas por profissionais dos salões (21,6%), revistas (20,7%), novelas e filmes (7,8%). Poucos fazem uso do cartão de crédito, com medo de endividamento. O uso moderado do cartão faz parte da realidade de 67% dos entrevistados, e o contingente dos que não possuem conta corrente ultrapassa a casa dos 30%.

Já no campo da moda, como observa a publicitária Mari Zampol, diretora da CO.R - que mapeou o comportamento de consumo de famílias paulistanas com renda entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00, universo que compõe a classe C, segundo parâmetros definidos pela Fundação Getúlio Vargas - as passarelas do São Paulo Fashion Week, bem como os padrões de beleza que enaltecem o corpo das modelos, não fazem a cabeça das jovens (200 entrevistadas, entre 18 e 25 anos). "Elas não cobiçam ser loiras, magras e ter 1,80 metro de altura. Procuram figuras femininas que tenham um pouco delas. A identificação está nas semelhanças, e não nas diferenças. Quero ficar bonita e gostosa é a frase mais ouvida", observa. Mari pediu às entrevistadas que abrissem seus armários e, assim, mais uma surpresa:

- Enquanto nas classes A/B o chique é descoordenar cores , na C elas fazem questão de combinar bolsa e sapato. Além da segurança do acerto, passam a ideia de que se dedicaram na hora de se arrumar. O brilho que aparece no jeans se repete na alça da bolsa. A lingerie é um item especial. Muitas vezes, a produção começa pelo sutiã e sempre com um detalhe aparecendo, como a alça ou uma parte do bojo de oncinha. E aí o sapato ou cinto vai ter um detalhe da mesma estampa. Também é comum colocarem um sapato dentro da bolsa, no caso de saírem depois do trabalho, já que as distâncias entre um ponto e outro são longas e não compensa voltar para casa e se trocar.

As informações correm mais pelo boca a boca do que por meio de jornais e revistas: "As novelas causam impacto e, praticamente, todas acessam o Orkut." E, ao contrário das classes A e B - com as quais tem, como único ponto de concordância estético, o cabelo liso e chapado -, não há uma preocupação em abastecer o guarda-roupa com grifes, nem de seguir tendências que não valorizam o corpo. "Um exemplo é a calça saruel, rejeitada pela maioria das entrevistadas por esconder as formas. Preferem os jeans justos de cintura bem baixa."

Para bater perna, as moradoras da Zona Leste de São Paulo, por exemplo, gostam dos shoppings da região com preços mais acessíveis. Outra opção é o comércio dos centros atacadistas, como Brás e Bom Retiro. "Vão em grupos, quando a compra envolve uma festa ou evento especial."

Bons preços

O Bom Retiro atrai pessoas vindas de bairros distantes, atrás de preços e novidades. A dona de casa Marta Chaves, mãe de três filhos com idades entre 8 e 20 anos, mora na Água Fria e foi até a rua José Paulino comprar roupas para as filhas adolescentes. Na banca de saldos, tentava achar alguma peça que "fosse a cara" das meninas. "Gosto de vir aqui porque tem muita variedade, bons preços e qualidade", afirma.